Simone, Claudia e Erica rompem pelo portão da casa de Itaipu. Dezessete, dezesseis e quinze anos de pura eletricidade. Atrás delas a voz forte de Luiz anuncia: "Djalma, chegamos!". Simone é filha de Luiz. Claudia é filha de Cinéa. E Erica é filha de Djalma. As três são além de amigas, primas. Luiz, Cinéa e Djalma são irmãos. E assim inicia-se mais um delicioso final de semana na casa do tio.
Djalma chega atraído pelos chamados e pela balbúrdia que o grupo cria na casa antes silenciosa. Djalma tinha alugado a casa de quatro pavimentos para ele e a terceira esposa – daqui a alguns anos ela virá a ser chamada de Tia Rita apesar de ter apenas um pouco mais de vinte anos. Ele tem mais de duas décadas que ela, mas no coração ambos tem a mesma energia e alegria pela vida. Eles ainda não tinham filhos, mas Djalma tinha três meninas do primeiro casamento (Andréa – 17, Erica – 15 e Adriana – 11) e dois meninos do segundo (Henrique – 9 e Guilherme – 17). A casa tinha de ser grande, sua família é grande.
Luiz retira Djalma dos pensamentos.
_ Mano, aonde coloco as coisas para o churrasco?
_ Dê a Rita. Ela está na cozinha.
Djalma olha para as meninas e grita:
_ Erica! Venha abraçar o papai. Simone e Claudia venham com o tio. Cadê a Adriana?
_ Tio, ela está dormindo no carro. Meu pai já vai buscá-la.
Adriana chega correndo.
_ Acordei.
Djalma estão anuncia:
_ Tenho uma surpresa para vocês. Venha Luma!
Nisso adentra no pátio superior um pastor alemão manto negro enorme. Coloca as duas patas no peito de Djalma e lhe lambe a face. Djalma é um homem negro, forte de 1.80 m de altura. A cadela se aproxima de nós. Ficamos com medo.
E Djalma diz:
_ Ela é de vocês. Podem brincar a vontade. Ela é mansa.
E foi assim que conheci a mãe da minha primeira filha. Alguns anos depois ganhei a Keith de Luma. Próximo do meu aniversário de 23 anos.
Autor:
Simone da Silva Figueiredo
(escrito em 09.09.2011
fato ocorrido em algum final de semana entre 1987 e 1988)
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